domingo, 1 de julho de 2012

Luminaris (Luminaris) - 2011


   Um belo dia, eu estava brincando de fazer nada na internet, e eis que o YouTube me indica esse curta. De primeira fiquei um pouco receoso de assistí-lo por algum motivo desconhecido, mas acabei me admirando muito com a produção. Dá uma olhada!


   A história como vocês podem ver, é muito simples. Fala sobre uma sociedade que é regida pela Luz. Um homem que trabalha em uma fábrica de lâmpadas tem uma ideia, e tenta colocar ela em prática.
   Duas coisas me chamaram a atenção. A primeira é um pouco mais imediata, que é a ideia de fazer um stop motion com pessoas, em vez de utilisar o tradicional live-action. Ainda não consegui me convencer de nenhum porquê para esse fato. Mas sei que gostei muito do efeito, ficou muito bom. 
   O segundo ponto é uma conclusão um pouco minha, sobre o porquê da lâmpada. Assim como já é tratado em muito desenhos antigos, quando alguém tem alguma ideia, uma lâmpada aparece em cima da cabeça da pessoa. Então talvez o personagem não apenas em uma fábrica de lâmpadas, e sim em uma fábrica de ideias. E agora outra coisa que eu considero uma metáfora, é que o ser humano passou a dominar uma energia que naturalmente só era produzida pela natureza (pelo Sol, pelo fogo, vaga-lumes), mas agora ele usa de artifícios para controlá-la e utilisá-la a seu favor.


   A trilha sonora é muito bacana também, e apesar do curta ser espanhol e tal, a música tem um "quê" de francês com aquela sanfoninha maldita que nos persegue em qualquer filme francófano.
    Mas é isso pessoal. Espero que vocês tenham gostado!


quinta-feira, 28 de junho de 2012

Sombras da Noite (Dark Shadows) - 2012


   Ontem assisti o filme que fez com que depois de algum tempo eu volte a acreditar na real essência e potencial do Tim Burton. 
    Barnabas Collins é filho de um casal que vem da Ingaterra para a América os Estados Unidos para tentar a vida como donos de uma empresa de pesca. Ele fica orfão e cresce solitário cuidando sozinho da mansão da família. Nesse tempo ele se apaixona por uma jovem, Josette, porém ela se suicida e pela dor da amada perdida brega pra caralho ele também pula do penhasco, os dois morrem e acaba a história. MENTIRA! Mas ele não morre porque a empregada da casa, que por acaso era uma bruxa, e ele também já tinha dado uns pegas, joga um feitiço e o transforma em um vampiro, que sendo imortal, sofreria para sempre por ter perdido seu amor. De resto é resto, aí vocês assistam o filme.
     Nesse filme é possível perceber as características que sempre foram tão marcantes nos filmes do Tim, e que por um tempo haviam sido perdidas. O exemplo clássico é a palidez dos personagens e o destaque aos olhos grandes e fundos! Mas o mais interessante é reparar que em alguns momentos você pode fazer ligações diretas com outros personagens de outros de seus filmes. 


                                  

     Nesse caso, é ainda mais engraçado porque Helena Bonham Carter interpreta tanto a Rainha de Copas em Alice, e também a Dra. Jullia Hoffman em Sombras da Noite. Percebam na cor do cabelo, na cor da maquigem, as sobrancelhas altas e a cara de sou superior e foda-se todo o resto.
     Existem outros casos, mas é interessante que vocês percebam isso. Qualquer coisa depois falem comigo que eu conto.
    Quanto a maquiagem, tenho que admitir que fazia tempo que não via uma tão boa. Tudo é muito caricato, e por vezes exagerado, mas de uma excelente qualidade. O que fizeram com o Johnny Depp foi absurdamente bom, afinal ele tem o rosto com traços muito femininos e finos, e no filme ele está com o queixo mais largo e com as maçãs do rosto bem fundas, o que além de dar uma expressão de doença e falta de vida, deixou o rosto dele mais masculino. Os olhos foram super destacados, e a boca, apesar de ser pequena, pela cor avermelhada do sangue, também foi destacado.


     A trilha sonora tem seus altos e baixos. Ela fica boa quando são tocadas músicas dos anos 80, em algumas cenas muito específicas. Mas de resto, nada muito especial, um suspense daqui outro dali, mas nada de inovador e nem que faça os ouvidos se espantarem.
     A fotografia, para mim, é o ponto alto do filme. Consegui ver o que eu sempre gostei nos filmes do Tim. As cores sempre muito mórbidas com respingos de cores muito vivas. E essas cores estão disseminadas tanto no figurino, como no cabelo dos personagens, na paisagem. Como por exemplo nessa cena.

                       

     Agora vamos falar de coisa séria: elenco. Eu não aguento mais ver a Helena e o Johnny nos filmes do Tim Burton, sério já deu. Apesar de terem novos nomes na produção, e ótimas atuações como a da Michelle Pfeiffer, da Chloë Grace Moretz (que fez A Invenção de Hugo Cabret) que teve uma das personagens mais engraçadas e excêntricas do longa, mas que tem um final nada a ver, mas enfim. Falando especificamente do Johnny Depp, afinal ele é o queridinho de todos, ele ainda não conseguiu largar seu carma, Jack Sparrow. Quando quando eu achei que ele tinha superado, ele em uma cena em que o personagem vê pela primeira vez o asfalto, ele anda exatamente igual o pirata, fiquei muito chateado quanto a isso, mas já percebi grandes melhoras.
     No geral, é um filme bem tranquilo, com um humor irônico que tira boas risadas de quem assiste o filme. O enredo ainda é previsível e às vezes um pouco desconexo, simplesmente sem explicações. Mas fiquei feliz porque vejo que o Tim voltou com seu estilo, depois de produções que por vezes, prefiro nem acreditar que foram dele, como por exemplo Alice no País das MaravilhaszZzZzZ.






quarta-feira, 20 de junho de 2012

Dia & Noite (Day & Night) - 2010

    

    Seguinte pessoas. Depois de quase dois meses sem escrever um post, por falta de tempo e outros motivos, enfim, eu volto pra falar sobre o meu curta de animação preferido. 
     Eu o assisti quando fui ver Toy Story 3, ele passou antes do filme começar e eu simplesmente me encantei pela simplicidade, genialidade, sensibilidade, muitos "-ades"...
      Aqui está ele, assistam em HD e fullscreen!


    Posso parecer muito criança, ou besta mesmo, não sei. Mas gente, sou o único que me diverti com esse curta?
     Sem mais, vamos falar sobre minhas opiniões e percepções. O curta traz uma dualidade que me encanta. O dia não existe sem a noite, e vice-versa. E mais do que isso, um existe em função do outro. E isso é muito bonito. Tem até uma música que o Lulu Santos canta, chamada Certas Coisas, e logo no início se ouve o seguinte: "Não existiria o som se não houvesse o silêncio / Não haveria a luz se não fosse a escuridão". Esse confronto acontece em todos os momentos da nossa vida, e o caso mais clássico é o amor e o ódio.
     Mas essa ligação é tão interessante, que em certo momento as coisas se misturam e o um vira o outro e o outro torna-se o um. Cada parte desse desse "dueto" deve aprender a conviver com a sua antítese, pois afinal um está inserido no outro. 
     Sem mais filosofias, falando mais da parte técnica, é nitida a simplicidade da ideia, que ambos os personagens, estão sozinhos em qualquer que seja o espaço onde estão inseridos, e as coisas acontecem dentro deles, o que eu entendo como eles mesmos sendo a Terra. A qualidade da animação é absurda, e por vezes pensei que esses personagens poderiam gerar um filme com um aspecto dual, em que duas histórias acontecem na mesma tela, ao mesmo tempo, e em determinada cena, elas se unem, e depois voltam a se separar. Coisas loucas da minha cabeça, mas eu pensei em um filme de romance, de amantes que estão separados pelo tempo. Juro que vou parar de fumar 
     Acho que falei demais, e coisas repetidas, mas porque é difícil exteriorizar meu sentimento por esse curta. Eu simplesmente, assisto, assisto, e assisto de novo, e nunca me enjôo.
      É isso gente, espero que tenham gostado. E promete que vou tentar escrever mais. Até.

domingo, 29 de abril de 2012

Balada do Amor e do Ódio (Balada Triste de Trompeta) - 2010


          E eu que pensei que os suecos conseguiam ser tensos, mas depois de assistir esse filme, percebi que Álex de la Iglesia, diretor e escritor espanhol, conseguiu criar uma obra que beirou a doença! Tá, posso estar exagerando mas fiquei abismado com o filme. 
     Durante a Guerra Civil Espanhola, um grupo de militares invade um circo e convida todos a participarem da luta, porém um dos palhaços nega porque afinal estavam no meio de crianças e idosos, por essa falta de compromisso com o país ele é preso e Javier, seu filho, o visita depois da Guerra e é avisado pelo pai que a vingança era a única forma de viver! Com esse trauma Javier cresce, e por conselho do pai, e segue a vida como palhaço-triste. Ao conseguir emprego em um circo, se apaixona por uma trapezista, Natália, que namora o palhaço-feliz, Sérgio, o qual é machista e violento. Javier não aguenta ver seu amor nas mãos de um homem que a maltrata, e em um ato de fúria, agride Sérgio com uma trompeta! Depois disso, Javier foge e começa seu plano de vingança contra aqueles que mataram seu pai, e também contra Sérgio. O desfecho é um dos mais trágicos que eu já vi, muito dramático e teatral!

Javier quando criança

Triângulo insanamente amoroso
       A maquiagem é simplesmente incrível e muito, mas muito mesmo, freak. O que por muitas vezes lembrou a maquiagem do Heath Ledger no papel do Coringa. 




      Tem alguns efeitos especiais que sinceramente são terríveis, e dão até vergonha, mas eu não tiro o mérito do filme por caudas disso!
       Vamos falar de coisa boa. Sério, que fotografia foda, traz cores de sujeira, pouquíssimas cores quentes, o que consequentemente traz uma frieza sinistra pra obra. O circo, assim como em Carnivàle, é mostrado como um lugar sujo, com relacionamentos complicados entre os artistas e a questão da hereditariedade de funções no circo. 
       O filme é simplesmente pertubador, para quem assim como eu que não gosta de muito de palhaços, a coisa piora bastante. Os dois palhaços do filme mostram uma coisa que eu sempre achei bem realidade. A maquagem que eles usam é uma maneira de se esconder atrás de uma "verdade" que não existe. A vida que eles vivem não tem nada a ver com o personagem que vivem sob a lona. 
        No decorrer do filme, acontecem diálogos muito bons, com frases de grande impacto, e que para mim foram as grandes marcas da película. A que mais me marcou foi a do pai de Javier, que aparece em uma de suas alucinações: "O humor são para os fracos. Se não acha divertido, amedontre-os."


        Só assistindo pra entender do que eu estou falando!





quarta-feira, 25 de abril de 2012

Uma Doce Mentira (De Vrais Mensonges) - 2011


         A verdade é que eu adoro filmes franceses, nem sempre pelas histórias e tal, mas sim porque eu acho o francês uma língua muito bonita com uma fluência e ritmo diferente. Por isso e por outros motivos eu decidi assistir esse filme. Claro também porque nele a Audrey Tautou, conhecida mais por Amelie Poulain, atua e eu acho ela super fofa e bonita.
         Então, assim como outros filmes franceses o enredo não é nada complexo, mas de uma sensibilidade tão bacana, conseguindo trabalhar o romance e a comédia, de uma forma leve e ingênua, o que particularmente me interessa muito. 
       Émilie (Audrey) é sócia de um salão de cabeleleiros e certo dia recebe uma carta de amor de um admirador secreto, mas o que ela não sabe é que este trabalha no salão. Émilie tem a ideia de mandar essa mesma carta para a mãe, Maddy, que está passando por uma fase difícil após o marido tê-la deixado. Maddy fica encantada e começa a esperar por mais cartas, e a filha continua escrevendo. Um dia Émilie pede a Jean, o "admirador secreto", enviar uma das cartas, porém ele sem selo decidi deixar ele mesmo a carta na casa de Maddy, e é aí que a confusão começa, pois ela acha que Jean realmente a ama, e está apaixonado. Nesse contexto que aocntece o desenrolar da história.

Émilie e sua mãe, Maddy

     A fotografia do filme é simplista porém bem naturalista por ser um filme que se trata de um acontecimento que está inserido no cotidiano das personagens, ou seja, nada de extraordinário. O mais impressionante é que a trilha sonora não é enjoativa como em tantos outros filmes qe se passam na França, com todas aquelas sinfoninhas e blá blá blá.
        Os diálogos são de um senso de humor polido, que passa longe kilômetros eu diria de um besteirol. Claro que você não vai chorar de rir, mas é o sufciente para trazer risinho e bem estar.
        Agora o mais legal é o nome do filme, que no caso eu prefiro em português mesmo, muito raro isso acontecer. A mentira pode ser doce, assim como encantou Maddy, mas ela só funciona se for de uma maneira controlada. Assim que ela sai do controle, pode vir a causar grandes problemas. Mas ainda continuo achando que esse tipo de mentira, se bem usada pode ser bacana!

Maddy tentando seduzir Jean


domingo, 1 de abril de 2012

Jogos Vorazes (The Hunger Games) - 2012


     Vamos lá, depois de um tempo sem escrever, porque afinal o semestre recomeçou de verdade, eu venho dar minhas opiniões sobre o que ao me parece pode e tem potencial para ser mais um Blockbuster infanto-juvenil.
       A história do filme, que foi baseada no livro homônimo, tem uma complexidade que ao que me parece não foi muito bem explorada, e conversando com meus amigos que já leram o livro, já me adinataram que o filme é muito "leve" e que toda a violência original não acontece no filme. 
     A história se passa em um futuro onde após uma guerra, um país é dividido em 13 distritos mais a capital. Após serem acusados de traição, a cada ano cada distrito deveria "oferecer" dois tributos, pessoas, para um jogo, os Jogos Vorazes, que nada mais é do que um reality show, onde cada participante deve matar, isso mesmo, matar os outros participantes até sobrar apenas um! É basicamente isso!


       Na verdade nem tenho muito o que falar, porque o filme é bom, eu só esperava uma coisa mais tensa, mais adulta e nada de romancezinhos juvenis.
       Quanto as partes técnicas, acho válido ressaltar que a trilha sonora é muito boa e envolvente, as cenas tem umas tomadas muito boas, o figurino é excelente, e no mais não tenho muito o que falar! É bom, mas não emociona, e por favor não deveria ser comparada com a série Harry Potter!

Um salve pro figurinista da Lady Gaga que colaborou na produção!
     Sei que esse post tá simples até demais, mas é porque não tenho muito o que acrescentar mesmo!





segunda-feira, 19 de março de 2012

Viagem à Lua (Le Voyage dans la Lune) - 1902


     Sério, eu acho que nunca dei tanto valor à internet como estou dando nesse momento. Graças a ela eu consegui ver um curta de 110 anos atrás. Não sei se vocês fazem ideia do quanto isso é louco. 
      Esse curta com cerca de 14 minutos, mostra um grupo de estudiosos que resolvem ir a Lua. Constroem um foguete, que mais se parece com uma bala de revólver, que é lançado em direção a Lua, que é um tanto quanto antropomórfica com olhos, boca e tudo mais. Lá os 6 passageiros se deparam com uma realidade diferente e com seres que os apisionam e os levam para o seu reino. Depois eles conseguem escapar e voltam para a Terra.


    Essa produção é considerada como a mãe do que depois viria a se desenvolver como a ficção cinetífica. Ela impressiona pela qualidade, para a época dos efeitos especiais e suas inovações. Mèliès, que é o produtor/diretor/ator do filme, foi ator de teatro e mágico, e sempre teve vontade de trazer a magia e mistério de uma de suas profissões para dentro das telas, e foi assim que ele começou a ter suas ideias cinematográficas.
 

     O curta é inovador desde o momento que ele faz efeitos de fade in e out entre as cenas, as bombas de fumaça,  o cenário, e principalmente em sua colorização que foi feita a mão e quadro por quadro.
Sem palavras!

P.S.: E pra quem tiver aquela preguiça de pesquisar como eram feitos os efeitos pode assistir A Invenção de Hugo Cabret, que conta um pouco da história de Mèliès e como ele fazia seus filmes, não chega a ser um documentário, mas é uma breve referência!

domingo, 11 de março de 2012

John Carter: Entre Dois Mundos (John Carter) - 2012


    Após um pequeno mal entendido, e uma grande falha, eu resolvi dar uma melhorada no post. Fui lembrado por um amigo que o filme é baseado em uma obra de Edgar Rice Burroughs, mesmo autor de Tarzan, e uma das grandes marcas dele, é que normalmente seus livros eram quase ensaios sobre sociologia, porém escritos de maneira lúdica.    
     John Carter é um veterano de guerra, que vivia a procura de cavernas de ouro. Certo dia ao entrar em uma, mata um homem que estava dentro dela e pega um medalhão que estava em sua mão, e inexplicávelmente é transportado para Marte, ou como é chamado no filme de Basroom. Lá ele se depara com a dificuldade de adaptação com a gravidade que é diferente da Terra, e sem querer cai na mão de uma tribo que acredita que ele possa salvar o planeta deles de uma guerra civil, e destruição de todo seu povo.
     Estava super ansioso pra ver esse filme. Primeiro porque sabia que ia ser uma superprodução e segundo porque é o primeiro filme da Pixar gravado em live action. E pensando que o diretor é o Andrew Stanton, que eu tanto gosto, e foi diretor de Procurando Nemo e Wall-e, imaginei que ele não faria uma obra ruim, logo em sua estréia nesse estilo de filme.


      Fui ao cinema imaginando uma coisa e voltei achando outra. Na verdade, não vi nada de muito especial no filme, e por vezes o achei repetitivo e com uma narração um pouco lenta. Fora que pra mim foi quase um mashup não sei se esse termo é aplicado ao cinema. Personagens e criaturas que parecem ter vindo do filme Avatar, porém fui atentado por um amigo que James Cameron já admitiu que Pandora foi toda baseado na obra de Edgar, mas para quem não conhece esse fato, assim como eu, é surpreendido com essa semelhança. Desertos que parecem do Star Wars, e uma cena que visualmente ficou muito parecida com cenas do filme Gladiador, e a "arena" faz claras referências ao Coliseu. E as semelhanças não param por aí, fora os personagens, a semelhança com Avatar também está no enredo, do protagonista conseguir viver em um "mundo paralelo" e também de querer salvar o mundo dos outros e não o dele vai entender né!. Pra variar ele se apaixona por uma biscate muito gata mulher em Marte, e juntos conseguem salvar tudo. Uhuuuuuul só que não. A similaridade entra no mesmo contexto das criaturas e personagens, quem copiou tudo foi James Cameron.

Proporção de altura entre o humano e os N'avi verdes e com quatro braços
      Mas agora vamos falar das coisas boas. Fotografia muito bonita das cenas em Marte. Efeitos visuais que foram muito bem feitos. Um personagem muito carismático, um cachorro/monstro. Trilha sonora que por vezes me lembrou Star Wars e tal, mas mesmo assim conseguiu me impressionar pela sensação de grandiosidade. E agora o melhor, o final foi realmente bem bacana e bem pensado, nada muito complexo, porém fiquei surpreso com a criatividade.

Personagem mais carismático
     Meu amigo, que já leu o livro, disse que a história foi um pouco modificada pra variar o que ao meu ver pode ter tirado um pouco do encanto da história, pelo menos pra mim. Mas esse fato fez com que eu me interessasse mais ainda pela obra de Edgar, já que já li Tarzan e achei ótimo.   
    O filme me desapontou bastante, mas acho que vale a pena assistir mais pelos efeitos e músicas. Acho que o pior foi a adaptação do roteiro.

P.S.: Nem compensa assistir em 3D.
P.S.2: Valeu Diogo Lins por ter puxado minha orelha em não ter atentado que o filme era uma adaptação.

sexta-feira, 9 de março de 2012

O Artista (The Artist) - 2011


     Depois de várias tentativas, eu assisti O Artista, ganhador de 5 estatuetas do Oscar não que isso signifique alguma coisa, incluindo o de melhor filme, o que achei muito justo e vou tentar explicar o porque.
       George é um renomado artista de filmes mudos que tem que lidar com o surgimento dos filmes falados. Enquanto isso uma de suas fãs, Peppy Miller,  entra no mundo do cinema como dançarina e logo consegue crescer como atriz de grandes filmes. Os dois meio que se apaixonam, mas George é casado, apesar de levar um péssimo casamento. Ele é "despedido" da produtora onde trabalhava por se negar a atuar em filmes falados e dessa maneira tenta fazer uma produção independente, e muda, que vira um fiasco e o individa. Ele chega a beira da loucura e morre. Pegadinha do malandro Vou deixar de ser spoiler...


       Em plena Era 3D, megaproduções com super efeitos especiais, eu me deparo com um filme em preto e branco e mudo. E o que eu achei disso? Excelente, o que prova que para fazer grandes clássicos é preciso de um bom roteiro e bons artistas. Porque o que acontece hoje em dia é que o enredo de um filme é tão ruim que é mascarado pelos efeitos visuais. Nesse filme não existiu essa possibilidade.
       Quanto ao roteiro e enredo, são  de uma simplicidade extrema, mas com cenas muito bem feitas, com umas sacadas e trocadilhos geniais e com ótimas cenas de comédia, com um humor ingênuo e leve.
       Quanto a trilha sonora, existem vários detalhes. Quando um filme é mudo e tem uma trilha sonora toda feita para ele, é de extrema importância que a música "fale" pelos atores, e isso é um dos grandes pontos do filme, a trilha é totalmente adaptada para as cenas. Porém, assim como minha amiga Verônica já havia me dito, a trilha sonora não é nada original, partindo do princípio que é um estilo que acontece desde os anos 20, e nesse ponto acho que não mereceu o Oscar por melhor trilha original. Uma coisa bacana de notar é quando são mostradas as cenas dentro de um cinema, que em alguns casos, lá na frente, pertinho da tela, está localizada uma orquestra que toca a trilha do filme. Podia ser assim até hoje! 
      A sensação de assistir um filme como esse no cinema é simplesmente inexplicável, me senti nos anos 20. Atentando para um detalhe que fez com que a obra realmente se assemelhasse com uma antiga, que é  o formato da tela não ser widescreen (16:9) e sim uma tela "tradicional", quadrada (1:1). Por ser preto e branco, os contrastes de luz e sombra são mais dramáticos e foram muito bem usados no filme.
      Falando sobre os atores, a primeira coisa que me vem a cabeça é o tanto que o filme é bem atuado. Imagino o quanto deve ter sido difícil se expressar sem poder falar, aliás, falar mas não ser ouvido. E isso me deixa um pouco na dúvida de o quanto os super atores conhecidos são bons, queria vê-los em filmes mudos. Jean Dujardin, George, mereceu o prêmio de melhor ator, ele foi fantástico e por vezes, realmente não sentia falta alguma que ele falasse. E sim, deveria ter um prêmio especial pro cachorrinho que atuou melhor que muitos atores que eu conheço. A atuação de Bérénice Bejo com Peppy também é muito boa, com todas as caras e bocas que ela faz durante o filme.

Bérénice Bejo como Peppy
Jean Dujardin como George e o cachorro
        Assim como falei na minha review sobre o filme Hugo, eu adoro filmes que tem como temática o próprio cinema, e esse em especial é muito parecido com um dos meus musicais preferidos, Cantando na Chuva. Eles tratam justamente da mudança do filme mudo para o falado. E por conta desse tema, por vezes o filme tem uma vibe meio Inception, você assistindo um filme, e na tela é mostrado um cinema onde um filme mudo é exibido e por aí vai. Juro que não uso drogas 
       Agora o que mais me chamou a atenção é a universalidade da produção, pois Jean é francês, Bérénice é argentina, mas pelo filme ser mudo, eles quebram a barreira da lógica linguística, ou seja qualquer bom ator de qualquer nacionalidade poderia estrelá-lo.
    São muitas coisas pra falar sobre o filme, impossível em um post curto. Devo ter esquecido de mil coisas. Mas enfim, só dou um conselho, assistam e please se possível o faça no cinema, porque tenho certeza que a sensação é totalmente diferente a não ser que você tenha uma televisão de tubo e tela quadrada em casa.. É isso aí!

P.S.: Quem conseguir descobrir em que cenas do filme eu tive referências com Peter Pan e Tintin ganha um prêmio!


quarta-feira, 7 de março de 2012

James e o Pêssego Gigante (James and the Giant Peach) - 1996

     Hoje, depois de ver que um clássico de um dos meus diretores preferidos vai ser relançado, bateu uma saudadezinha da época em que o Tim Burton fazia filmes que realmente valiam a pena serem assistidos e que enchiam os olhos com toda sua inovação e irreverência. não que ele tenha parado de fazer grandes produções mas Planeta dos Macacos e Alice foram um fiasco pra uma pessoa que nem ele. Enfim...
     James vivia uma vida feliz e sem preocupações com os pais, até que um dia eles morrem e o menino fica órfão e vai morar com as tias malvadas. Um de seus sonhos era sair da Europa e ir conhecer NY porque o pai havia dito que lá era onde os sonhos se tornavam realidade. Pausa para referência. O filme foi produzido pela Disney e "Where dreams come true" viria a se tornar um dos maiores slogans da produtora por muito tempo, e perdura até hoje. Continuando... Um dia encontra um velho que entrega a ele um saco com bichinhos verdes e saltitantes que dizia serem mágicos. Eles tinham o poder de transformar as coisas. O menino deixa cair os bichinhos que fazem que um pêssego gigante creça na árvore que fica nos terrenos de sua casa. Ele em uma noite entra dentro do pêssego, conhece insetos gigantes e saem juntos em busca de aventuras.
     Uma das coisas mais notáveis do filme com certeza é a dulidade live-action e animação em stopmotion que acontece no filme. Essa diferença faz com que a barreira da realidade seja quebrada e destacada. Enquanto o filme é realista é em live-action e quando se torna fantasioso acontece em animação. Porém no final do filme essas duas técnicas são usadas juntas, unindo a fantasia com a realidade.

Live-action
Stopmotion
     Assim como todos os vilões criados por Tim, as tias de James são extramamente caricatas. Mulheres pobres que querem ser ricas e tentar aparentar uma condição que não tem. Isso é explicitado com o excesso de maquiagem e adereços das roupas.

Tias de James
     Apesar de adorar o Tim, acho que ele teve um pequeno problema ou não quando criou um de seus filmes mais famosos, O Estranho Mundo de Jack. Seu estilo ficou tão marcante quando se trata de esqueletos e fantasmas, que em um momento em James e o Pêssego Gigante, eu juro que vi personagens que poderiam estar em outros tantos filmes do diretor. Isso se repete nesses dois filmes, no curta Vincent (primeira animação dele em 1982), posteriormente em A Noiva Cadáver e em Frankenweenie (será lançado esse ano, baseado em seu filme de 1984). A grande característica são os olhos grandes, bem arredondados, ou apenas os buracos em uma caveira, cabeças maiores que o corpo e bem arredondadas, e o corpo extremamente magro.
James e o Pêssego Gigante
O Estranho Mundo de Jack
Vincent
A Noiva Cadáver
Frankenweenie
     Outro detalhe bacana é a trilha sonora assinada por Randy Newman, que ficou bem conhecido pela música You've Got a Friend in Me do filme Toy Story. Não chega a ser um musical como em O Estranho Mundo de Jack, mas por vezes a música realiza quase a mesma função, colocar pra fora uma história ou situação cantada.
   Gosto muito do filme por ter um enredo super tranquilo e nada complexo, porém com uma carga de ensinamentos bem bacanas, como por exemplo: O sonho é o começo de tudo; Tentar ver a realidade de uma outra forma: e por aí vai!

domingo, 4 de março de 2012

A Separação (Jodaeiye Nader az Simin) - 2011


    Fui ao cinema assistir O Artista, mas por culpa do CorreioWeb não vi, porque o filme nem tava passando no cinema oi? Mas foi um equívoco bacana porque fazia algum tempo que não assistia um filme que não fosse americano ou em língua inglesa, e me surpreendi com a produção.
      O filme que foi vencedor na categoria de melhor filme estrangeiro do Globo de Ouro, Oscar e Urso de Ouro, conta basicamente a história de como já diz o título, um casal em separação. Calma gente não é só isso. Simin quer se mudar do Irã porém o marido Nader não quer, porque seu pai está sofrendo de Alzheimer, então ela pede o divórcio. Mas o drama todo está mais focado na culpa que a separação tem em um acidente que acontece com a mulher que cuidava do pai de Nader, e ela perde o bebê. É interessante como esse fato pode envolver toda a família em uma teia de mentiras e chantagens.
     Por ser um filme iraniano, já me chamou a atenção porque já havia assistido um, que não lembro o nome agora, e tinha gostado muito. E esse também me agradou muito. Confesso que por horas o achei um pouco sonolento e devagar, mas o enredo e o roteiro são realmente incríveis, com uma complexidade razoável e um lado de ter grandes reviravoltas e vários núcleos que se unem em uma única história.
     Outro ponto é que o filme é muito bem atuado. Apesar de não conhecer os atores, percebi que são muito bons  e que realmente pareciam viver a vida dos personagens.

Simin e Nader
       Existe apenas uma única música no filme inteiro (nos créditos finais) isso fez com que a realidade fosse retratada de maneira mais real esquisito isso porque se você for pensar na sua vida, são poucos momentos que você está discutindo, e toca uma top música dramática e tal. E olha que eu sou quase um fanático por trilhas sonoras, mas nesse filme o não uso de música deu um resultado muito bom!
       Acho genial a capacidade dos iranianos escreverem dramas tão bons, sinto falta disso no cinema brasileiro.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Mulher de Preto (The Woman in Black) - 2012


      Desde o primeiro dia que vi o trailler desse filme senti que ele seria bom, apesar do receio de o personagem principal ser representado pelo Daniel Radcliffe. Mas foi uma boa surpresa tê-lo visto.
        Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é um jovem advogado que é encarregado de ir para um vilarejo para fazer um limpa em uma das casas à procura de um testamento de uma mulher. Mas aos poucos ele começa a descobrir uma série de acidentes acorridos com crianças e de alguma maneira relacionados com a mulher que morava na casa que Arthur está vasculhando. E esse fato pode trazer problemas para todo o vilarejo e também para seu filho que o visitaria no fim de semana.
         Vou começar pelo óbvio. O que que eu achei do Daniel no filme. Uma excelente atuação com uma carga dramática bem grande. Por ser um personagem mais velho, viúvo e com um filho já o distancia do seu carma personagem com o qual ficou conhecido, Harry Potter. Não vi vestígios do jovem bruxo na atuação do ator, o que me deixou bem feliz, já que considero que alguns não conseguiram fugir disso, grande exemplo é o Johnny Depp que passou a formar uma entidade com o Jack Sparow desde que fez Piratas do Caribe. Mas enfim...

Daniel Radcliffe como Arthur Kipps
      O filme tem um timing excelente, dando intervalos entre os sustos o que é realmente muito bom, porque tem filmes que não conseguem fazer essa oscilação e por vezes se tornam monótonos ou de um tenso mau gosto.
    A trilha sonora é muito bacana, muito bem orquestrada, com temas que realmente trazem agonia e desespero para quem assiste. E o melhor de tudo, cenas com ausência de música, que pra mim é o que faz com que mais reais e mais tensas.
     As cores do filme são basicamente tons de cinza e verde e vermelho quando tem fogo! o que conseguiu trasmitir a o clima gélido e o ar de podridão do pântano onde fica a "casa mal assombrada".
Um ótimo filme para quem quer ver um suspense/terror.



Obs.: Foram apenas dois fatores que me fizeram lembrar de Harry Potter. Uma cena de um trem e os quadros da casa, juro que esperei eles se mexerem!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A Invenção de Hugo Cabret (Hugo) - 2011


     Acabei de voltar do cinema satisfeito com a escolha do filme. A Invenção de Hugo Cabret é a obra com maior número de indicações ao Oscar desse ano, seguido de O Artista que eu devo ver amanhã.
     Hugo Cabret é um menino, que depois de ficar órfão, vai morar com o tio que é quem dá corda nos relógios em uma estação de trem de Paris. O menino guarda um autômato robô que o pai, que era relojoeiro, encontrou abondanado no depósito de um museu que trabalhava. Hugo, após a morte do pai, tenta de maneira incansável consertar o autômato achando que ali poderia estar uma mensagem que seu pai havia deixado para ele. 

Hugo, seu pai e o autômato
     A fotografia é uma das mais bonitas que eu vi em filmes desses tempos. Usa e abusa do azul e do laranja/amarelo, por vezes juntos ou em cenas praticamente monocromáticas. Isso fez que Paris ficasse ainda mais linda, e destacasse as luzes do filme. O azul foi bem usado quando em cenas externas, na cidade, nas ruas. O laranja/amarelo, em cenas em locais fechados, na estação e principalmente quando Hugo estava entre as engrenagens dos relógios, o que foi bem bem feito e por vezes parece que o filme foi gravado com filtro sépia.

Azul e amarelo/laranja explorados até nos cartazes
       A trilha sonora apesar de ser um pouco repetitiva, com estilo francês e aquela sanfoninha tocando em todos os momentos, tem uma sacada que eu achei bem legal. Nas cenas de maior ação, perigo ou coisas nesse estilo, a música tocada é bem mais rápida e impactante, porém lá no fundo se você aguçar o ouvido, você ainda consegue ouvir o acordeon tocando. Esse detalhe fez com que fosse criada uma harmonia e unidade em toda a trilha, e isso me agradou bastante.
     Excelentes atuações de muitos personagens. Asa Butterfield que interpreta Hugo, está muito bem, reafirmando seu potencial que foi demonstrado em O Menino do Pijama Listrado. Chloë Moretz que faz Isabelle, conseguiu expressar o tom aventureiro e o jeito de falar com palavras difíceis de maneira polida e elegante. Fora eles, atuações bem boas, mas ficar falando de um por um fica tenso em um post só.


        Agora o mais legal do roteiro, enredo e tudo o mais. É um filme que fala sobre o cinema. Conta um pouco da história de George Méliès (suspeito que parte da biografia citada no filme seja fictícia) que foi um dos grandes, senão o primeiro cineasta a ousar nos efeitos especiais. Mostrando em algumas cenas como eram pensados e produzidos esses efeitos, e o mais legal de tudo, os filmes coloridos que eram pintados quadro a quadro e a mão. Esse aspecto de falar sobre cinema em filmes é meio que uma metalinguagem, esse que também acontece em um filme que eu adoro que é Cantando na Chuva e também já fiquei sabendo que tem n'O Artista. Isso ficou legal no cinema, mas se você pensar que o filme é a adaptação de um livro, de mesmo nome, talvez todo esse encanto não existe quando você lê o livro.
     Scorsese em sua primeira produção infantil e também em 3D nos presenteou com uma belíssima pródução que já ganhou um Globo de Ouro, de melhor diretor, e é um dos preferidos a ganhar várias estatuetas esse ano no Oscar, sendo ele indicado em 11 categorias.

Obs.: Tem dois momentos que me senti meio autista fazendo referências com A Origem e Crônicas de Nárnia. Quem ver, acho que vai sacar!