terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

A Mulher de Preto (The Woman in Black) - 2012


      Desde o primeiro dia que vi o trailler desse filme senti que ele seria bom, apesar do receio de o personagem principal ser representado pelo Daniel Radcliffe. Mas foi uma boa surpresa tê-lo visto.
        Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) é um jovem advogado que é encarregado de ir para um vilarejo para fazer um limpa em uma das casas à procura de um testamento de uma mulher. Mas aos poucos ele começa a descobrir uma série de acidentes acorridos com crianças e de alguma maneira relacionados com a mulher que morava na casa que Arthur está vasculhando. E esse fato pode trazer problemas para todo o vilarejo e também para seu filho que o visitaria no fim de semana.
         Vou começar pelo óbvio. O que que eu achei do Daniel no filme. Uma excelente atuação com uma carga dramática bem grande. Por ser um personagem mais velho, viúvo e com um filho já o distancia do seu carma personagem com o qual ficou conhecido, Harry Potter. Não vi vestígios do jovem bruxo na atuação do ator, o que me deixou bem feliz, já que considero que alguns não conseguiram fugir disso, grande exemplo é o Johnny Depp que passou a formar uma entidade com o Jack Sparow desde que fez Piratas do Caribe. Mas enfim...

Daniel Radcliffe como Arthur Kipps
      O filme tem um timing excelente, dando intervalos entre os sustos o que é realmente muito bom, porque tem filmes que não conseguem fazer essa oscilação e por vezes se tornam monótonos ou de um tenso mau gosto.
    A trilha sonora é muito bacana, muito bem orquestrada, com temas que realmente trazem agonia e desespero para quem assiste. E o melhor de tudo, cenas com ausência de música, que pra mim é o que faz com que mais reais e mais tensas.
     As cores do filme são basicamente tons de cinza e verde e vermelho quando tem fogo! o que conseguiu trasmitir a o clima gélido e o ar de podridão do pântano onde fica a "casa mal assombrada".
Um ótimo filme para quem quer ver um suspense/terror.



Obs.: Foram apenas dois fatores que me fizeram lembrar de Harry Potter. Uma cena de um trem e os quadros da casa, juro que esperei eles se mexerem!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A Invenção de Hugo Cabret (Hugo) - 2011


     Acabei de voltar do cinema satisfeito com a escolha do filme. A Invenção de Hugo Cabret é a obra com maior número de indicações ao Oscar desse ano, seguido de O Artista que eu devo ver amanhã.
     Hugo Cabret é um menino, que depois de ficar órfão, vai morar com o tio que é quem dá corda nos relógios em uma estação de trem de Paris. O menino guarda um autômato robô que o pai, que era relojoeiro, encontrou abondanado no depósito de um museu que trabalhava. Hugo, após a morte do pai, tenta de maneira incansável consertar o autômato achando que ali poderia estar uma mensagem que seu pai havia deixado para ele. 

Hugo, seu pai e o autômato
     A fotografia é uma das mais bonitas que eu vi em filmes desses tempos. Usa e abusa do azul e do laranja/amarelo, por vezes juntos ou em cenas praticamente monocromáticas. Isso fez que Paris ficasse ainda mais linda, e destacasse as luzes do filme. O azul foi bem usado quando em cenas externas, na cidade, nas ruas. O laranja/amarelo, em cenas em locais fechados, na estação e principalmente quando Hugo estava entre as engrenagens dos relógios, o que foi bem bem feito e por vezes parece que o filme foi gravado com filtro sépia.

Azul e amarelo/laranja explorados até nos cartazes
       A trilha sonora apesar de ser um pouco repetitiva, com estilo francês e aquela sanfoninha tocando em todos os momentos, tem uma sacada que eu achei bem legal. Nas cenas de maior ação, perigo ou coisas nesse estilo, a música tocada é bem mais rápida e impactante, porém lá no fundo se você aguçar o ouvido, você ainda consegue ouvir o acordeon tocando. Esse detalhe fez com que fosse criada uma harmonia e unidade em toda a trilha, e isso me agradou bastante.
     Excelentes atuações de muitos personagens. Asa Butterfield que interpreta Hugo, está muito bem, reafirmando seu potencial que foi demonstrado em O Menino do Pijama Listrado. Chloë Moretz que faz Isabelle, conseguiu expressar o tom aventureiro e o jeito de falar com palavras difíceis de maneira polida e elegante. Fora eles, atuações bem boas, mas ficar falando de um por um fica tenso em um post só.


        Agora o mais legal do roteiro, enredo e tudo o mais. É um filme que fala sobre o cinema. Conta um pouco da história de George Méliès (suspeito que parte da biografia citada no filme seja fictícia) que foi um dos grandes, senão o primeiro cineasta a ousar nos efeitos especiais. Mostrando em algumas cenas como eram pensados e produzidos esses efeitos, e o mais legal de tudo, os filmes coloridos que eram pintados quadro a quadro e a mão. Esse aspecto de falar sobre cinema em filmes é meio que uma metalinguagem, esse que também acontece em um filme que eu adoro que é Cantando na Chuva e também já fiquei sabendo que tem n'O Artista. Isso ficou legal no cinema, mas se você pensar que o filme é a adaptação de um livro, de mesmo nome, talvez todo esse encanto não existe quando você lê o livro.
     Scorsese em sua primeira produção infantil e também em 3D nos presenteou com uma belíssima pródução que já ganhou um Globo de Ouro, de melhor diretor, e é um dos preferidos a ganhar várias estatuetas esse ano no Oscar, sendo ele indicado em 11 categorias.

Obs.: Tem dois momentos que me senti meio autista fazendo referências com A Origem e Crônicas de Nárnia. Quem ver, acho que vai sacar!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Priscila, a Rainha do Deserto (The Adventures of Priscilla, Queen of the Desert) - 1994


       É o seguinte, muita gente me indicava esse filme e eu sempre ficava enrolando porque simplesmente tinha preguiça assití-lo. E infelizmente, para mim, o resultado não foi muito bom.
      É mostrada a viagem de uma transexual e duas drag queens pelo deserto australiano para que possam chegar em uma cidade onde farão um show. Cada uma das três tem sonhos e personalidades diferentes, o que em alguns momentos geram conflitos. (ponto final)
     Acho sim que é uma obra relevante por ser o primeiro a se tratar de personagens transexuais e drag queens, mas sinceramente esperava uma história um pouco complexa, uma produção mais elegante e mais músicas. 
     A primeira impressão que tive, era que eu estava assistindo Globo Repórter, porque grande parte das cenas mostram a beleza do deserto autraliano, e sim ele é muito bonito, e nessas horas achava que o filme estava bom, de resto...
     A trama parece aquelas de Sessão da Tarde de tão superficial que é, e não é porque quero ser culto e gosto apenas de filmes inteligentes, pelo contrário, mas esse filme não conseguiu nem ao menos me divertir, e por certos momentos até me itediou.  
      Espero que a produção da Broadway seja melhor!



segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Motoqueiro Fantasma 2: O Espírito da Vingança (Ghost Rider: Spirit of Vengeance) - 2012

          
       Toda vez que vejo um cartaz ou trailer de algum filme que foi baseado em algum HQ, já até tenho uma dor no coração, pois apesar de não conhecer muito sobre a história, sei que quem conhece vai se cortar de raiva. Hoje em dia, a grande maioria desses filmes não são fiéis aos originais, e pior do que isso, sofrem adaptações com histórias extramamente fracas.
       O filme conta a aventura de Johnny Blaze, o Motoqueiro Fantasma, que cansado daquela vida, encontra uma maneira de quebrar o Acordo com o demônio e voltar a ter uma vida normal. Ele apenas teria que encontrar um menino, que por acaso é o filho do demo e entregá-lo a um grupo de padres e blá blá blá.
    O enredo poderia ser bem explorado, ter detalhes, mas não. É superficial o que às vezes causa desconexões no desenvolvimento da trama, e muitas eu digo, muitas mesmo vezes, várias coisas ficam sem explicações.
       Mas nem tudo está perdido. Sim está. 


     O filme segue aquela famosa fórmula hollywoodiana, enredo fraco + excelentes efeitos visuais. E realmente, os efeitos especiais estavam impecáveis, com cenas muito bem feitas, tomadas com ângulos muito bacanas que privilegiaram a filmagem em 3D, grandes cenas de explosão e muito fogo! Outra coisa que achei legal foi quando haviam cenas que contavam um pouco da história do Motoqueiro e como ele fez o Acordo com o diabo, o filme era transformada em uma animação de muito bom gosto, e que em alguns momentos me lembrou àquela do penúltimo filme da série Harry Potter, em que é contada O Conto dos Três Irmãos. 
      Outro fator que me agradou foi a trilha sonora que apesar de não ter nada de muito espetacular, apenas me admira por sair um pouco do normal, ao ser incoporada músicas de rock pesado, o que tem tudo a ver com o personagem, e que também dá um "ar" sinistro ao filme.
       Em um panorama geral, o filme só me agradou aos olhos, o que não é suficiente para que eu o indique.

Observação: Quem assistiu o primeiro filme vai ter que se contentar com uma moto fuleira em vez daquela imponente que o Motoqueiro usava antes.


Observação 2: O Nicolas Cage tá velho e careca.

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Meia-noite em Paris (Midnight in Paris) - 2011


         Desde Vicky Cristina Barcelona que eu espero um bom filme do Woody Allen, e aqui está ele, Meia-noite em Paris.
          Gil, interpretado por Owen Wilson, é um escritor norte-americano que idolatra a cidade de Paris, e mais especificamente essa cidade no século 20. Certa dia ao badalar da meia noite um carro antigo aparece na rua e oferece carona a ele, porém ele viaja para os anos 20 e lá conhece muitos de seus ídolos, interage com eles, e nesse mundo paralelo até se apaixona por uma mulher. Quem quiser resenhas procure em outro blog.
          A história em si não é nada genial se ela fosse analisada sozinha. O que me deixou interessado no filme foram inúmeros outros detalhes. 
          Começando pelos créditos iniciais em que ao som de uma clássica música francesa, a câmera mostra ao espectador por qual motivo o protagonista é apaixonado por Paris. A cidade é sim maravilhosa, e não há como negar que hoje vejo detalhes que não via antes. A arquitetura deixou de ser plano de fundo para se tornar objeto de grande interesse para mim em qualquer filme. A fotografia é belíssima, mostrando as feirinhas de antiguidades espalhadas pelos becos de Paris, seus belíssimos prédios antigos, duas aparições da Catedral de Notre Dame (mesmo que só a parte dos fundos dela), e claro o Rio Sena que corta a cidade e dá um charme a mais à ela.

Gil e o Rio Sena

       Os diálogos bem construídos, que sempre foram uma marca do diretor, estão mais bem elaborados do que nunca. Em cada conversa com Picasso, Hemingway, Gertrude Stein, a personalidade de cada um, e a relação entre essas celebridades da Arte são mostradas de forma natural e fluida, em nenhum momento parcendo forçada. É quase como ver o que sempre estudamos nas aulas de Arte na escola. A parte que fica mais evidente, e a que eu mais gostei, sou até suspeito em falar, foi quando Gil encontra Salvador Dali. Quando vi aquele homem com aquele bigodinho, sabia que no mínimo uma conversa muito louca estava por vir. Não fui decepcionado, Dali sempre com sua loucura e maneira própria de ver a realidade fica muito bem explicitada no filme. E nesse momento o filme tem até um tom de comédia, porque o protagonista argumenta sobre sua dificuldade de entender como estar no presente e no passado ao mesmo, e nesse grupo dos surrealistas, um simplesmente responde: "Eu compreendo."

Salvador Dalí
        Mas agora o que mais me chamou a atenção foi um diálogo que Gil tem com uma das amantes de Pablo Picasso, Adriana. Eles simplesmente discutem um assunto muito interessante e que por muitas vezes me pego pensando nisso. É o simples fato de saber qual foi a melhor época, ou a época de ouro. Para Gil, que vive nos anos tempos atuais, os anos 20 é a Época de Ouro. E para Adriana que viveu nos anos 20, a Belle Époque, final do século 19, é a Época de Ouro, assim como para aqueles que viveram nesta época, o Renascimento foi o auge, e assim por diante. 

Adriana e Gil
        Não me considero apto a falar muito mais do que isso porque tenho certeza que não consegui captar metade das referências citadas no filme, pois afinal nem sou tão culto assim para reconhecer tantos escritores, pintores e poetas daquela época. Mas considero o filme, de uma notável sensibilidade em perceber o quanto a "nossa" época pode ter a ver com as outras, e o quanto é interessante estudar sobre autores e artistas de outros tempos e tentar entendar qual era a visão de mundo deles.


terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Os Homens Que Não Amavam as Mulheres (The Girl With the Dragon Tattoo) - 2012


          Eis que me deparo com uma das maiores decepções cinematográficos de muitos tempos.
      Li toda a coleção Millennium em poucos dias, pois simplesmente não conseguia parar de ler. O suspense, drama, momentos de aflição, fizeram com que eu, mais uma vez, me espantasse com a maneira dos suecos escreverem e te envolveram na trama da história. Por vezes muito violentos e brutais, e por outras com uma carga dramática emocional muito grande, os escritores suecos chamaram a minha atenção.
        Mas tudo isso que acontece no livro, simplesmente não é visto no filme, que apesar de ser uma bela produção com uma fotografia excelente, não conseguiu me deixar com os olhos grudados na tela, e por momentos foi até itediante. Os créditos iniciais com uma música forte e pesada, por vezes me lembrou 007, e isso engana o espectador, achando ele que verá grandes cenas de ação e suspense. É triste falar assim de uma coisa que você esperou por muito tempo, mas é a verdade. Mas para lembrar que apesar dos pesares, a atuação de Rooney Mara como Lisbeth Salander, uma das protagonistas do história, foi excelente, sendo indicada até ao Oscar!

Rooney Mara

    Uma ideia para quem ainda não assistiu, é assistir a versão sueca! Apesar de não ser uma superprodução, me impressiona bastante pelos detalhes e pela fidelidade ao livro, que foi perdida na versão americana. E lembrando também que já existem as três adaptações dos três livros na versão sueca!


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

A Bela e a Fera (Beauty and the Beast) - 1991

É o seguinte, assisti A Bela e a Fera 3D. Minhas opiniões são singelas a dizer que achei o 3D muito bom, lembrando que não é uma animação feita por computador o que dificulta bastante o trabalho. Só a sensação de vê-lo em uma tela grande e com o som alto já é mágico. Acho que eles foram o primeiro casal digno de emoção, porque antes os amores eram extremamente utópicos. A princesa estava cantando na floresta feliz e contente para os animaizinhos, do nada aparece um príncipe e pronto, estavam apaixonados. Todos nós sabemos que a vida não é assim, então acho que a Fera foi o primeiro príncipe digno de ficar com a mocinha, pois ele teve que conquistá-la e ela aprender a conviver com alguém que nem ao menos era da mesma "raça", até então. Continuo considerando essa animação como uma das mais "belas" que a Disney já fez, com personagens carismáticos, músicas envolventes e enredo impecável!
E assim, pra mim a música mais bonita nem de perto é a da parte que eles dançan naquele salão maravilhoso. O prólogo simplesmente tem a melodia que consegue emocionar a todos, principalmente com o narrador contando a história da feiticeira, que por acaso é a essência de todo o filme!

domingo, 12 de fevereiro de 2012

Conta Comigo (Stand By Me) - 1986


          Gordie, Chris, Teddy e Vern são meninos, com 12 anos mais ou menos, que durante as férias decidem ir em busca do corpo de um jovem desparecido. O foco do filme não é essa procura, e sim a relação entre essas crianças. Com personalidades diferentes, cada com seus problemas, eles se ajudam e se protejem da maneira que podem. Eles tem que lidar com questionamentos infantis (O que o Pateta é?) ou até mesmo problemas familiares.
           O filme é uma bela produção que encanta pela simplicidade, diverte pela inocência e faz chorar pela descoberta da verdadeira amizade. 

Gordie, Chris, Vern e Teddy