domingo, 29 de abril de 2012

Balada do Amor e do Ódio (Balada Triste de Trompeta) - 2010


          E eu que pensei que os suecos conseguiam ser tensos, mas depois de assistir esse filme, percebi que Álex de la Iglesia, diretor e escritor espanhol, conseguiu criar uma obra que beirou a doença! Tá, posso estar exagerando mas fiquei abismado com o filme. 
     Durante a Guerra Civil Espanhola, um grupo de militares invade um circo e convida todos a participarem da luta, porém um dos palhaços nega porque afinal estavam no meio de crianças e idosos, por essa falta de compromisso com o país ele é preso e Javier, seu filho, o visita depois da Guerra e é avisado pelo pai que a vingança era a única forma de viver! Com esse trauma Javier cresce, e por conselho do pai, e segue a vida como palhaço-triste. Ao conseguir emprego em um circo, se apaixona por uma trapezista, Natália, que namora o palhaço-feliz, Sérgio, o qual é machista e violento. Javier não aguenta ver seu amor nas mãos de um homem que a maltrata, e em um ato de fúria, agride Sérgio com uma trompeta! Depois disso, Javier foge e começa seu plano de vingança contra aqueles que mataram seu pai, e também contra Sérgio. O desfecho é um dos mais trágicos que eu já vi, muito dramático e teatral!

Javier quando criança

Triângulo insanamente amoroso
       A maquiagem é simplesmente incrível e muito, mas muito mesmo, freak. O que por muitas vezes lembrou a maquiagem do Heath Ledger no papel do Coringa. 




      Tem alguns efeitos especiais que sinceramente são terríveis, e dão até vergonha, mas eu não tiro o mérito do filme por caudas disso!
       Vamos falar de coisa boa. Sério, que fotografia foda, traz cores de sujeira, pouquíssimas cores quentes, o que consequentemente traz uma frieza sinistra pra obra. O circo, assim como em Carnivàle, é mostrado como um lugar sujo, com relacionamentos complicados entre os artistas e a questão da hereditariedade de funções no circo. 
       O filme é simplesmente pertubador, para quem assim como eu que não gosta de muito de palhaços, a coisa piora bastante. Os dois palhaços do filme mostram uma coisa que eu sempre achei bem realidade. A maquagem que eles usam é uma maneira de se esconder atrás de uma "verdade" que não existe. A vida que eles vivem não tem nada a ver com o personagem que vivem sob a lona. 
        No decorrer do filme, acontecem diálogos muito bons, com frases de grande impacto, e que para mim foram as grandes marcas da película. A que mais me marcou foi a do pai de Javier, que aparece em uma de suas alucinações: "O humor são para os fracos. Se não acha divertido, amedontre-os."


        Só assistindo pra entender do que eu estou falando!





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