quinta-feira, 28 de junho de 2012

Sombras da Noite (Dark Shadows) - 2012


   Ontem assisti o filme que fez com que depois de algum tempo eu volte a acreditar na real essência e potencial do Tim Burton. 
    Barnabas Collins é filho de um casal que vem da Ingaterra para a América os Estados Unidos para tentar a vida como donos de uma empresa de pesca. Ele fica orfão e cresce solitário cuidando sozinho da mansão da família. Nesse tempo ele se apaixona por uma jovem, Josette, porém ela se suicida e pela dor da amada perdida brega pra caralho ele também pula do penhasco, os dois morrem e acaba a história. MENTIRA! Mas ele não morre porque a empregada da casa, que por acaso era uma bruxa, e ele também já tinha dado uns pegas, joga um feitiço e o transforma em um vampiro, que sendo imortal, sofreria para sempre por ter perdido seu amor. De resto é resto, aí vocês assistam o filme.
     Nesse filme é possível perceber as características que sempre foram tão marcantes nos filmes do Tim, e que por um tempo haviam sido perdidas. O exemplo clássico é a palidez dos personagens e o destaque aos olhos grandes e fundos! Mas o mais interessante é reparar que em alguns momentos você pode fazer ligações diretas com outros personagens de outros de seus filmes. 


                                  

     Nesse caso, é ainda mais engraçado porque Helena Bonham Carter interpreta tanto a Rainha de Copas em Alice, e também a Dra. Jullia Hoffman em Sombras da Noite. Percebam na cor do cabelo, na cor da maquigem, as sobrancelhas altas e a cara de sou superior e foda-se todo o resto.
     Existem outros casos, mas é interessante que vocês percebam isso. Qualquer coisa depois falem comigo que eu conto.
    Quanto a maquiagem, tenho que admitir que fazia tempo que não via uma tão boa. Tudo é muito caricato, e por vezes exagerado, mas de uma excelente qualidade. O que fizeram com o Johnny Depp foi absurdamente bom, afinal ele tem o rosto com traços muito femininos e finos, e no filme ele está com o queixo mais largo e com as maçãs do rosto bem fundas, o que além de dar uma expressão de doença e falta de vida, deixou o rosto dele mais masculino. Os olhos foram super destacados, e a boca, apesar de ser pequena, pela cor avermelhada do sangue, também foi destacado.


     A trilha sonora tem seus altos e baixos. Ela fica boa quando são tocadas músicas dos anos 80, em algumas cenas muito específicas. Mas de resto, nada muito especial, um suspense daqui outro dali, mas nada de inovador e nem que faça os ouvidos se espantarem.
     A fotografia, para mim, é o ponto alto do filme. Consegui ver o que eu sempre gostei nos filmes do Tim. As cores sempre muito mórbidas com respingos de cores muito vivas. E essas cores estão disseminadas tanto no figurino, como no cabelo dos personagens, na paisagem. Como por exemplo nessa cena.

                       

     Agora vamos falar de coisa séria: elenco. Eu não aguento mais ver a Helena e o Johnny nos filmes do Tim Burton, sério já deu. Apesar de terem novos nomes na produção, e ótimas atuações como a da Michelle Pfeiffer, da Chloë Grace Moretz (que fez A Invenção de Hugo Cabret) que teve uma das personagens mais engraçadas e excêntricas do longa, mas que tem um final nada a ver, mas enfim. Falando especificamente do Johnny Depp, afinal ele é o queridinho de todos, ele ainda não conseguiu largar seu carma, Jack Sparrow. Quando quando eu achei que ele tinha superado, ele em uma cena em que o personagem vê pela primeira vez o asfalto, ele anda exatamente igual o pirata, fiquei muito chateado quanto a isso, mas já percebi grandes melhoras.
     No geral, é um filme bem tranquilo, com um humor irônico que tira boas risadas de quem assiste o filme. O enredo ainda é previsível e às vezes um pouco desconexo, simplesmente sem explicações. Mas fiquei feliz porque vejo que o Tim voltou com seu estilo, depois de produções que por vezes, prefiro nem acreditar que foram dele, como por exemplo Alice no País das MaravilhaszZzZzZ.






Um comentário:

  1. HAHAHAHA roubou o meu "que por acaso era uma bruxa", mas eu perdoo pq ROLEI de rir com "fim, acabou. MENTIRA!". Seu maluco!

    Pois é, concordo com tudinho que vc escreveu (como sempre, ótima resenha). E já deu mesmo de Tim+Helena+Johnny! (alguém mais notou o fato do Tim ter uma espécie de fetishe em ver sua mulher pegando seu melhor amigo?)
    Mas olha que ela nem afetou tanto assim o filme, talvez pq fosse coadjuvante bem coadjuvante mesmo. Quanto ao Johnny Depp, eu acho que fui a única pessoa que não viu o Jack Sparrow sempre. Eu até comentei que eu acho que nós estamos tão acostumados ao JS que, às vezes, confundimos a própria cara de "wtf" e jeito estranho que o JD sempre pôs nos personagens com JS. Um exemplo é o Ichabod Crane em Sleepy Hollow. Eu poderia dizer que ali é o Jack Sparrow, se ele n tivesse vindo depois.
    Claro que não é a melhor atuação dele (Ed Wood ainda ganha disparado), mas me diverti.

    Em suma, bom ter o Tim (quase) de volta, né?

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