quarta-feira, 7 de março de 2012

James e o Pêssego Gigante (James and the Giant Peach) - 1996

     Hoje, depois de ver que um clássico de um dos meus diretores preferidos vai ser relançado, bateu uma saudadezinha da época em que o Tim Burton fazia filmes que realmente valiam a pena serem assistidos e que enchiam os olhos com toda sua inovação e irreverência. não que ele tenha parado de fazer grandes produções mas Planeta dos Macacos e Alice foram um fiasco pra uma pessoa que nem ele. Enfim...
     James vivia uma vida feliz e sem preocupações com os pais, até que um dia eles morrem e o menino fica órfão e vai morar com as tias malvadas. Um de seus sonhos era sair da Europa e ir conhecer NY porque o pai havia dito que lá era onde os sonhos se tornavam realidade. Pausa para referência. O filme foi produzido pela Disney e "Where dreams come true" viria a se tornar um dos maiores slogans da produtora por muito tempo, e perdura até hoje. Continuando... Um dia encontra um velho que entrega a ele um saco com bichinhos verdes e saltitantes que dizia serem mágicos. Eles tinham o poder de transformar as coisas. O menino deixa cair os bichinhos que fazem que um pêssego gigante creça na árvore que fica nos terrenos de sua casa. Ele em uma noite entra dentro do pêssego, conhece insetos gigantes e saem juntos em busca de aventuras.
     Uma das coisas mais notáveis do filme com certeza é a dulidade live-action e animação em stopmotion que acontece no filme. Essa diferença faz com que a barreira da realidade seja quebrada e destacada. Enquanto o filme é realista é em live-action e quando se torna fantasioso acontece em animação. Porém no final do filme essas duas técnicas são usadas juntas, unindo a fantasia com a realidade.

Live-action
Stopmotion
     Assim como todos os vilões criados por Tim, as tias de James são extramamente caricatas. Mulheres pobres que querem ser ricas e tentar aparentar uma condição que não tem. Isso é explicitado com o excesso de maquiagem e adereços das roupas.

Tias de James
     Apesar de adorar o Tim, acho que ele teve um pequeno problema ou não quando criou um de seus filmes mais famosos, O Estranho Mundo de Jack. Seu estilo ficou tão marcante quando se trata de esqueletos e fantasmas, que em um momento em James e o Pêssego Gigante, eu juro que vi personagens que poderiam estar em outros tantos filmes do diretor. Isso se repete nesses dois filmes, no curta Vincent (primeira animação dele em 1982), posteriormente em A Noiva Cadáver e em Frankenweenie (será lançado esse ano, baseado em seu filme de 1984). A grande característica são os olhos grandes, bem arredondados, ou apenas os buracos em uma caveira, cabeças maiores que o corpo e bem arredondadas, e o corpo extremamente magro.
James e o Pêssego Gigante
O Estranho Mundo de Jack
Vincent
A Noiva Cadáver
Frankenweenie
     Outro detalhe bacana é a trilha sonora assinada por Randy Newman, que ficou bem conhecido pela música You've Got a Friend in Me do filme Toy Story. Não chega a ser um musical como em O Estranho Mundo de Jack, mas por vezes a música realiza quase a mesma função, colocar pra fora uma história ou situação cantada.
   Gosto muito do filme por ter um enredo super tranquilo e nada complexo, porém com uma carga de ensinamentos bem bacanas, como por exemplo: O sonho é o começo de tudo; Tentar ver a realidade de uma outra forma: e por aí vai!

Um comentário:

  1. Gente, adorei. Nao sabia que vc tinha um blog e escreve tao sucinto, simples e direto. nunca ouvir falar desse filme. fiquei curiosa agora para ve-lo. está nas locadoras?

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